22 de fev. de 2011

Letras do Título

Sou eu aquele que se diz sendo o que aqui digo. E digo que não fui, não estou, mas poderei acontecê-lo.
Assim que me faço eu, não crio, e sim recrio, não do feito,mas do pronto. Sempre que pronto, posso encontrar, já que não se pode o mesmo com o incompleto, uma vez que este não tem nome. Não possui um título. Nenhum título o possui.
O espelho é um amigo fiel e inadequado. Corro dele para me ver como quero, mas volto ao mesmo procurando o que não sou, mas estou. Sente-me fingindo ser eu mesmo? Pois eu finjo não ser, verdadeiramente. Pense, acreditando ou não, ponto final não encontraria. Eu, você e até mesmo ele.
Quem está a par do que se é?
Quem é sabendo sobre?
Se sou o que já fui, continuar sendo é futuro ou presente?
Pergunte-me o que pretende saber de si mesmo e encontrará tua resposta para minhas charadas. Responda o que não te pergunto e saberá o que quero saber do que tu não é.
As respostas… Elas asseguram ilusões e nestas nos sentamos. Ninguém poderá calar o silencio que gritam ao teu lado, somente ouvir a falta de som que flui de seu olhar trêmulo.
Intitule-se pois eu quero te ver. Desfaça-te pois você deve viver.