4 de jun. de 2011

Gravatas engavetadas

Vejam o cubo...
Se olhar deste lado, eis tua forma.
Se olhar do outro, não deixa de sê-lo.
Aplique ao triângulo, pentágono...
Muitas retas? Pegue o círculo!

Onde está o ponto de vista? 
Onde é que está a pulsão,
sem sinapses em sua construção?
Será que deixei de pensar?
Só de pensar, já me perco de vista.

No pilar do diferente, todos se encontram. 
Todos são iguais, só não um ao outro. 
Mas então, a quem? A oque? 
Do outro, somos somente diferentes. 
Todos igualmente diferentes. 
Quando este pilar cair, todos igualmente cairão
de lugares e em lugares diferentes.

Cada coisa coisa está/eve/ará num ponto do tempo.
E desta cela instantaneamente desintegrada,
esse momento será eternamente prisioneiro.
Profeticamente guardado no espelho quebrado. 
Naturalmente esquecido pelos nascidos pelados.
Pegue meu casaco. Está chovendo por baixo.