10 de jul. de 2011

Armadura Mental

Havia uma árvore entre arbustos.
Por entre suas folhas via-se galhos.
De madeira seus galhos eram feitos.
Na madeira, nem vida nem morte,
Apenas o resto.

Veja só este nada, bem vazio.
Vê-se também o corpo que o cobre.
Se movimenta cegamente guiado.
Se nota ali ali e, com meu nome,
Este todo é nomeado.


Não lhe pedi amor nem zelo,
Não chorei por felicidade.
Pedi para não os oferecer.
Pois senão te ofereceria, de coração,
meu coração para cuidar.


Eu vivo para morrer num futuro.
Mesmo assim, não espero o dia esperado.
Haviam arbustos em volta da árvore,
E dos galhos saiam folhas.
Dentre a madeira e o verde, por hora, respiro.